5.12.10

O melhor amigo de um homem leal

Sensacional. Comercial da DDB para a Lotto da Nova Zelândia. Vale a pena ver também os comerciais de 15" que dão continuidade à aventura de Wilson, o cãozinho "vingativo".

18.7.10

40k inova a publicação de ebooks: contos, novelas e ensaios em várias línguas

Primavera italiana. Em um café da manhã em Milão Marco Ghezzi (ex CEO da Apogeo), Marco Ferrario (ex CEO da Sperling & Kupfer) e Giuseppe Granieri (professor e pesquisador em cultura digital da Università di Urbino Carlo Bo)  decidiram fazer algo novo no mercado editorial online.
Os três, também escritores e colaboradores de sites sobre comunicação, vinham há muito tempo acompanhando e discutindo a transição da publicação de livros para o suporte digital. Pensavam em novos formatos para os títulos e na possibilidade de publicá-los em várias línguas.
Em comum a idéia de caracterizar os textos em cerca de quarenta mil caracteres de "narrativa". Assim surgiu o 40k Books, um site que organiza livros de diferentes idiomas e mercados, com proposta colaborativa.

      

Eu presto atenção em tudo que Giuseppe Granieri pensa e faz no mercado editorial on e offline. É um dos meus ídolos acadêmicos e, agora, graças às redes sociais, meu amigo. Conheci o professor Granieri através de Marcos Palacios, que me emprestou La società digitali (2006), leitura obrigatória para quem se interessa pelo comportamento dos usuários da internet.
Desde então leio o que ele produz e acompanho seu movimento como pesquisador. Umanità Accresciuta (2009) é hoje um dos livros de cabeceira, também fundamental para quem estuda as transformações da vida social, afetiva e emocional com o advento da internet e das redes.
O site 40k é resultado de um pensamento inovador sobre uma forma de interação, produção e distribuição de conteúdo cultural. Gostei tanto da idéia que uma troca de e-mails com o professor Granieri para saber mais virou uma pequena estrevista, que achei importante reproduzir aqui. Vejam lá e participem também do projeto. 

10.7.10

Mobile Marketing: conceitos, aplicações e tendências

No título, link para o post no site Intermídias. O tema é parte da ementa da disciplina "Novas Tecnologias em Comunicação", que estou ministrando na Pós-Graduação em Marketing e Publicidade Digital da Faculdade Dois de Julho.
Dinâmico e instigante, o conjunto de possibilidades de ações de branding através de aplicativos nos dispositivos móveis é ainda uma tendência no Brasil, com iniciativas pontuais, mas uma realidade nos Estados Unidos e Europa, que já garante uma fatia interessante da verba destinada à publicidade pelas marcas.
A apresentação do pesquisador Ian Souza, meu convidado para tratar do assunto na sala de aula é recheada de cases interessantes. Um dos meus preferidos é o da Layar para a Mazda, utilizando o QR-code. Vale a pena dar uma conferida:




17.4.10

Escolhas

Sempre me pergunto porque as campanhas de utilidade pública no Brasil minimizam a seriedade do problema ou suas consequências e não canso de repetir este assunto aqui no blog. Esse nosso estigma de país do Carnaval, de gente feliz e saltitante, que bebe para comemorar e para esquecer, com aquele eterno "apesar de" nos deixa - Estado e população - com uma certa vergonha em expor as feridas. Hipocrisia.
Quando falo em feridas, falo no número de vidas que se perdem por falta de atitude. De um lado e de outro. A comunicação dos poderes públicos é sempre  muito discreta e pouco enfática quando se busca a provenção através da educação ou da exposição dos resultados.
E, no mesmo caminho, as campanhas publicitárias são inócuas e indiretas, frias demais para um público que insiste em manter-se com venda nos olhos e não quer testemunhar a crueza que, invariavelmente resulta em mortes precoces e famílias destruídas. "Nunca vai acontecer comigo". Vai, sim.
Um dos problemas recorrentes que são minimizados é o de mortes no trânsito, principalmente pelo uso de alcool e drogas. As estatísticas continuam apontando índices alarmantes.
Este comercial da TAC (Transport Accident Commission) teve um efeito drástico na Inglaterra. É do ano passado e só agora recebi na íntegra, via e-mail de Marcos Palacios:



As imagens não perdoam. A trilha do REM comove. A edição abre as feridas de uma forma que pode parecer dura e agressiva à sociedade. Não poupa ninguém. Nem os culpados nem as vítimas. Estão ali todos os perfis representados.
Depois desta campanha diz-se que 40% da população da Inglaterra deixou de usar drogas e se alcoolizar nas datas comemorativas, pelo menos. É um dado exagerado? Talvez. Mas o impacto do filme é duradouro e é isso que importa, independente do lugar ocupado por quem se vê nas muitas histórias.
Enquanto isso, no Brasil ainda estamos na era das campanhas lúdicas, da folclorização e do humor como argumentos para se mostrar algo tão sério. Comparemos. Por aqui vamos ouvindo cavaquinhos, matando, morrendo e perdendo.

5.4.10

As novas práticas de consumo

Um artigo de Elisa Garcia na Revista Consumidor Moderno expõe com objetividade o novo cenário da cultura de consumo no país. O mercado de varejo sofreu uma transformação nos últimos 15 anos, onde a praticidade das compras se dá, principalmente, pela facilidade e segurança para as transações. A nova configuração foi, basicamente, impulsionada por três segmentos que cresceram muito no período: os investimentos no mercado de cartões e os acessos à internet e à telefonia celular.
O destaque das transformações foi a mudança do perfil do consumidor de baixa renda. Com a estabilidade da moeda e acesso ao crédito, a pirâmide socioeconômica se inverteu e as classes C, D e E estabeleceram novas práticas de consumo.
Leitura interessante.

2.2.10

No banheiro


Ontem à noite na primeira oficina da séria "Língua Solta", promovida pela agência baiana Engenhonovo aos alunos de Jornalismo, Produção Cultural e Publicidade, o publicitário Márcio Viana, sócio-diretor da Plural Comunicação mostrou vários cases interessantes sobre formatos inusitados de peças de comunicação às quais não podemos definir como "publicitárias" ou "promocionais".
Na verdade sempre defendi os conceitos de comunicação integrada e cultura de planejamento criativo para inserir uma boa idéia - persuasiva, sim - num mesmo guarda-chuva e impactar o consumidor.
Mas o que chamou a atenção - e Márcio brincou muito com isso - foi o número de peças criadas para o banheiro. Para marcas e produtos afins ou não. O fato é que o momento do uso do banheiro talvez seja um momento de concentração especial ou, na linguagem do Marketing Promocional, de pegar o potencial consumidor "desarmado". Oooops...
Bom, resolvi contribuir para a série "No banheiro" com este filme genial em animação, da TBWA de Paris, de combate a Aids na defesa do uso do preservativo, produzido para o Aides Date.
Divertido, que usa o banheiro como cenário e dá o seu recado muito bem. Divirtam-se e previnam-se.

24.1.10

Atitude contra a dengue




Bacana o filme da agência Tempo para a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) para o combate à dengue. Já comentei aqui sobre campanhas publicitárias de interesse público, em especial as que precisam da participação ou ação da população. Vejam o post com o vídeo do professor Eduardo Camilo, da Universidade da Beira Interior, Portugal.
Penso que essas campanhas são sempre muito cautelosas, muito comedidas ao corresponsabilizarem o público pela falta de ação e consequente resultado. Sobretudo o dos números dos casos de dengue no país, crescentes a cada ano. Na Bahia, então, nem se fala.
Esse filme fica no meio do caminho. O conceito de comandar a "Atitude" para o público é bem assertivo. Mas falta força. A atriz Tânia Toko, a Neusão do filme e série Ó Paí, ó faria bem -  e deveria - o papel mais impositivo, mais imperativo, que é necessário.
Ao contrário da performance da sua personagem na tela, ela é só sorriso. Tá maneira demais. As imagens limpinhas, tudo muito arrumado. Tudo no segundo tempo da Atitude do cidadão em fazer o papel dele em casa e na sua comunidade.
Ok. Podem dizer que todo mundo já sabe o que tem que ser feito. Mas nem todos sabem quantos morrem a cada ano e nem conviveram de perto com o contágio, tão fácil de ser evitado.
Mas não nego que é um bom ensaio. O texto fala em morte, o que já é um avanço. Mesmo com Tânia toda sorridente. Mas fala. E isso é importante. E, ainda, o infame trocadilho: "quem tem que morrer é o mosquito, não você", ou coisa parecida. Tá valendo.