Para pensar: O mercado da base da pirâmide cresce em países como China e Índia, que experimentam taxas excepcionais de crescimento econômico. Na América Latina e na Rússia também há aceleração por conta da melhoria nos indicadores de distribuição de renda.
Com o crescimento das economias emergentes, as novas classes médias estão sendo formadas exatamente pelos oriundos da base da pirâmide. Esse é o caso do Brasil.
Resultados de pesquisa recente da Interactive Advertising Bureau dão conta de que o mito de que a Internet é elitizada e acessada apenas pelas classes A e B foi por fio abaixo: 37% dos internautas brasileiros que acessaram a rede durante 2007 pertencem à classe C. E 13% são D e E.
Há quem diga que a Web já se consolidou como o segundo meio de comunicação de massa no Brasil, atrás apenas da televisão.
Por isso, entender os hábitos e atitudes desse novo segmento não é só importante, é urgente. Está ou não se configurando uma nova cultura de consumo na Internet? A resposta é sim. Não só de informação, mas de bens e serviços, com um novo perfil de usuários, tal qual o mercado físico experimenta.
Para saber mais, o tema é pauta da primeira edição de 2008 do newsletter da Data Popular, empresa especializada no mercado popular.
Ilustração: HSM Online
Em campo, mais uma vez, a discussão ética que permeia o mundo dos blogs, recheada de perguntas: Por seu caráter "amador", blog é espaço jornalístico? Blog feito por não-jornalistas é blog jornalístico? Os blogueiros não-jornalistas estão livres do compromisso ético de preservar o conteúdo? Marketing viral não é uma ação legítima na Internet em outros modelos de interação, por que os blogs ficariam de fora? Os meios convencionais não usam a mesma prerrogativa ao "publicizarem" seus conteúdos com cadernos especiais (produzidos por jornalistas, sim), merchandising e afins? Será que tudo não é uma questão de criação de princípios, de normatização? Confesso que tenho dúvidas sobre muitas dessas questões. Mas também acho que "tudo demais é sobra".