27.4.14

Pedido de rede sem censura "rouba" a cena da NetMundial

Um pedido de uma rede sem censura roubou as cenas da NetMundial e da aprovação do Marco Civil no Brasil na última semana. No discurso da ativista de direitos humanos, a nigeriana Nnenna Nwakanma, a defesa do uso da internet para propagar a paz, e não a guerra. O grito de liberdade para se dizer o que se pensa, sem censura ou sanções. E, em um ambiente democrático ouvir argumentos e opiniões contrárias.
A entrevista concedida por Nnenna ao Link, do Estadão é ótima e serve de reflexão para quem pensa, usa ou trabalha com a internet. Gostei da abordagem da ativista, que representou a sociedade civil na abertura do evento.
Mas acho que dá espaço pra pensar muito além. Porque a internet não é só palco, instrumento. É um espelho, um reflexo. As redes sociais propagam com velocidade absurda as discussões que nascem naquele ambiente, mas repercutem com a mesma intensidade o que já está instalado fora dele ou o que vai aflorando na cotidiano.
Acabaram-se os limites. Não se fala há muito tempo entre o real e o virtual. Entre a vida que temos sem internet e a que temos na internet. Porque tudo está junto e misturado na expressão do que somos, do que preferimos, com o que nos identificamos ou até do que nos escondemos.
Vale, mais do que nunca pensar global no sentido intrínseco do termo. Na função e efeitos da internet, de suas possibilidades e práticas para o mundo desigual dos países emergentes, mas de franca expansão tecnológica e no mundo de África, sem acesso e meio a ditaduras e miséria social. Mas vale pensar no nosso papel, como cidadão integral, dentro ou fora do espelho.


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