Um pedido de uma rede sem censura roubou as cenas da NetMundial e da aprovação do Marco Civil no Brasil na última semana. No discurso da ativista de direitos humanos, a nigeriana Nnenna Nwakanma, a defesa do uso da internet para propagar a paz, e não a guerra. O grito de liberdade para se dizer o que se pensa, sem censura ou sanções. E, em um ambiente democrático ouvir argumentos e opiniões contrárias.
A entrevista concedida por Nnenna ao Link, do Estadão é ótima e serve de reflexão para quem pensa, usa ou trabalha com a internet. Gostei da abordagem da ativista, que representou a sociedade civil na abertura do evento.
Mas acho que dá espaço pra pensar muito além. Porque a internet não é só palco, instrumento. É um espelho, um reflexo. As redes sociais propagam com velocidade absurda as discussões que nascem naquele ambiente, mas repercutem com a mesma intensidade o que já está instalado fora dele ou o que vai aflorando na cotidiano.
Acabaram-se os limites. Não se fala há muito tempo entre o real e o virtual. Entre a vida que temos sem internet e a que temos na internet. Porque tudo está junto e misturado na expressão do que somos, do que preferimos, com o que nos identificamos ou até do que nos escondemos.
Vale, mais do que nunca pensar global no sentido intrínseco do termo. Na função e efeitos da internet, de suas possibilidades e práticas para o mundo desigual dos países emergentes, mas de franca expansão tecnológica e no mundo de África, sem acesso e meio a ditaduras e miséria social. Mas vale pensar no nosso papel, como cidadão integral, dentro ou fora do espelho.
MEDIA REPORT
Blog de comunicação online e offline. Comportamento de consumo de mídia, conteúdos, linguagens e interações.
27.4.14
6.4.14
Um instante, Markun...
É um formato interessante de contar a história.
Mas não é novidade na TV, pelo menos para os que nasceram antes dos anos 1960. O bom e polêmico Flávio Cavalcanti apresentava esse quadro em seu programa na extinta TV Tupi.
Eu adorava assistir e, ao vivo, era um risco de ousadia. Lembro de uma entrevista com Dom Pedro I, quando o ator (que lembro muito bem quem é, mas não direi) esqueceu o texto.
Flávio mudava a pergunta e nada. O sujeito todo paramentado no palco e totalmente travado.
Lá pela quinta tentativa, ignorando os apelos de Dom Pedro, que pedia "mais um momentinho", Flávio o expulsou solenemente do palco, pedindo desculpas ao público - platéia e telespectadores de casa, pela "falha" do ator. #tenso.
Portanto, vale o crédito ou referência ao comunicador, não é, Paulo Markun?
Entrevistas com mortos? Canal Brasil exibe projeto teatral de Paulo Markun
Mas não é novidade na TV, pelo menos para os que nasceram antes dos anos 1960. O bom e polêmico Flávio Cavalcanti apresentava esse quadro em seu programa na extinta TV Tupi.
Eu adorava assistir e, ao vivo, era um risco de ousadia. Lembro de uma entrevista com Dom Pedro I, quando o ator (que lembro muito bem quem é, mas não direi) esqueceu o texto.
Flávio mudava a pergunta e nada. O sujeito todo paramentado no palco e totalmente travado.
Lá pela quinta tentativa, ignorando os apelos de Dom Pedro, que pedia "mais um momentinho", Flávio o expulsou solenemente do palco, pedindo desculpas ao público - platéia e telespectadores de casa, pela "falha" do ator. #tenso.
Portanto, vale o crédito ou referência ao comunicador, não é, Paulo Markun?
Entrevistas com mortos? Canal Brasil exibe projeto teatral de Paulo Markun
1.4.14
#tudodeBRA pra lá ele
Mal entrou no ar e a série de filmes que lança o novo posicionamento do Banco Bradesco já está dando o que falar.
Para a WMcCann, que tem como defensor e porta-voz o célebre Washington Olivetto, "Tudo de BRA pra Você", que usa a hashtag #tudodeBRA como conceito para assinar a campanha publicitária significa tudo de bom.
Nas locuções de Lázaro Ramos, Maria Gadú, Otaviano Costa e Luiz Melodia nos filmes, o tal BRA pode ser desde o "bolinho da mamãe" até o "gostosão da escola", passando por um "fim de tarde com os primos" ou "um brigadeiro".
Hum. Entendi. Não, não entendi.
Entendi que estamos no ano da Copa do Mundo FIFA e quem patrocina o evento é o arquiconcorrente Itaú. Entendi, porque Olivetto se adiantou em explicar, que BRA vai estar nos placares nas arenas por todo o país e que todo mundo lá de frente pra TV de 50" entre uma e outra cerva, vuvulezas talibãs, apitos, pagode e a turma de sempre enrolada na bandeira, vai associar de pronto: BRA = BRASIL = BRADESCO = Tudo de bom = bolinho de mãe = dar uma desligada = aprender = gente boa = chá com os amigos = etc = etc. Hum. Me BRAta um aBRAcate, como diria uma amiga.
Posicionamento de marca é um troço complicado. Porque tem que representar, de fato, a marca. Sem rodeios e meias-palavras. Porque tem que transformar o intangível em tangível.
Eu só enxergo o intangível nessa campanha, numa boa. Com todo o meu respeito a Olivetto.
Achei uma grande, uma enorme bobagem. Francamente, publicitariamente #tudodeBRA não quer dizer absolutamente nada. A não ser, claro, a sigla do país no placar e a abreviatura do Bradesco. Basta para posicionar um Banco? Claro que não. Vende seus atributos, mesmo os intangíveis? Muito menos. É forçar demais transformar ou desejar "tudo de BRA pra você" em momentos bons da vida.
Mas, vamos lá, meu povo! Afinal, é a Copa no BRA (não seria no Brás?). Bora de BRA, de BRE, de BRI, de BRO, de BRU.
Assistam, quem sabe (assim espero) vocês discordem de mim. Leiam os comentários, alguns risíveis.
E, por favor evitem as rimas.
Para a WMcCann, que tem como defensor e porta-voz o célebre Washington Olivetto, "Tudo de BRA pra Você", que usa a hashtag #tudodeBRA como conceito para assinar a campanha publicitária significa tudo de bom.
Nas locuções de Lázaro Ramos, Maria Gadú, Otaviano Costa e Luiz Melodia nos filmes, o tal BRA pode ser desde o "bolinho da mamãe" até o "gostosão da escola", passando por um "fim de tarde com os primos" ou "um brigadeiro".
Hum. Entendi. Não, não entendi.
Entendi que estamos no ano da Copa do Mundo FIFA e quem patrocina o evento é o arquiconcorrente Itaú. Entendi, porque Olivetto se adiantou em explicar, que BRA vai estar nos placares nas arenas por todo o país e que todo mundo lá de frente pra TV de 50" entre uma e outra cerva, vuvulezas talibãs, apitos, pagode e a turma de sempre enrolada na bandeira, vai associar de pronto: BRA = BRASIL = BRADESCO = Tudo de bom = bolinho de mãe = dar uma desligada = aprender = gente boa = chá com os amigos = etc = etc. Hum. Me BRAta um aBRAcate, como diria uma amiga.
Posicionamento de marca é um troço complicado. Porque tem que representar, de fato, a marca. Sem rodeios e meias-palavras. Porque tem que transformar o intangível em tangível.
Eu só enxergo o intangível nessa campanha, numa boa. Com todo o meu respeito a Olivetto.
Achei uma grande, uma enorme bobagem. Francamente, publicitariamente #tudodeBRA não quer dizer absolutamente nada. A não ser, claro, a sigla do país no placar e a abreviatura do Bradesco. Basta para posicionar um Banco? Claro que não. Vende seus atributos, mesmo os intangíveis? Muito menos. É forçar demais transformar ou desejar "tudo de BRA pra você" em momentos bons da vida.
Mas, vamos lá, meu povo! Afinal, é a Copa no BRA (não seria no Brás?). Bora de BRA, de BRE, de BRI, de BRO, de BRU.
Assistam, quem sabe (assim espero) vocês discordem de mim. Leiam os comentários, alguns risíveis.
E, por favor evitem as rimas.
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