Bacana o filme da agência Tempo para a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) para o combate à dengue. Já comentei aqui sobre campanhas publicitárias de interesse público, em especial as que precisam da participação ou ação da população. Vejam o post com o vídeo do professor Eduardo Camilo, da Universidade da Beira Interior, Portugal.
Penso que essas campanhas são sempre muito cautelosas, muito comedidas ao corresponsabilizarem o público pela falta de ação e consequente resultado. Sobretudo o dos números dos casos de dengue no país, crescentes a cada ano. Na Bahia, então, nem se fala.
Esse filme fica no meio do caminho. O conceito de comandar a "Atitude" para o público é bem assertivo. Mas falta força. A atriz Tânia Toko, a Neusão do filme e série Ó Paí, ó faria bem - e deveria - o papel mais impositivo, mais imperativo, que é necessário.
Ao contrário da performance da sua personagem na tela, ela é só sorriso. Tá maneira demais. As imagens limpinhas, tudo muito arrumado. Tudo no segundo tempo da Atitude do cidadão em fazer o papel dele em casa e na sua comunidade.
Ok. Podem dizer que todo mundo já sabe o que tem que ser feito. Mas nem todos sabem quantos morrem a cada ano e nem conviveram de perto com o contágio, tão fácil de ser evitado.
Mas não nego que é um bom ensaio. O texto fala em morte, o que já é um avanço. Mesmo com Tânia toda sorridente. Mas fala. E isso é importante. E, ainda, o infame trocadilho: "quem tem que morrer é o mosquito, não você", ou coisa parecida. Tá valendo.